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SURDOS SUPERAM DESAFIOS E DIFICULDADES

A funcionária pública federal, Elaine de Oliveira, 36 anos, que é surda, afirma que ainda há discriminação e preconceito com as pessoas que não ouvem e as dificuldades são inúmeras. “É difícil explicar para um médico o que você sente, eles não entendem, ficam confusos e acabam não dando atenção ao problema”. Ela explica que sempre que precisa ir ao médico leva um intérprete, assim ele traduz o que ela sente.

Elaine de Oliveira é professora de Libras na Universidade

Professora de Libras fala sobre experiência de conhecer o mundo dos ouvintes

Federal de Mato Grosso do Sul há um ano e relata que dar aulas para acadêmicos é algo prazeroso, afirma que o curso é mais teórico do que prático. “Eles são interessados e gostam de aprender. Gostaria muito de aprofundar, ensinar vários sinais, mas o período é curto, em seis semestres não é possível ensinar todos”. A professora esclarece que é importante a sociedade aprender Libras. “Eu já passei por várias situações difíceis por causa da comunicação, por isso penso que todos deveriam pelo menos saber o alfabeto, isso facilitaria muito o entendimento”.

O funcionário público federal, Carlos Landivar, 26 anos, surdo, perdeu a audição gradativamente depois de várias cirurgias em razão de um tumor no cérebro, descoberto aos 22 anos. Um ano depois da primeira operação, passou no concurso no Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS). “No começo tudo é complicado, voltar a ter uma vida social, a trabalhar. Para mim a maior dificuldade foi continuar os estudos, porque eu queria iniciar um mestrado, mas tive que mudar os planos”.  Landivar fala nitidamente e é um surdo que não domina Libras.

Revela que a primeira iniciativa foi aprender a fazer leitura labial, com as dificuldades em se comunicar hoje ele prefere a Libras. “Estou fazendo curso, quero aprender, porque acho que vai ser muito melhor para me comunicar com sinais”.

A maior dificuldade de Landivar foi se adaptar ao mundo do surdo. “Eu senti muita falta do barulho que antes eu ouvia bem e aos poucos foi diminuindo os sons, quando fiquei surdo de vez, foi muito ruim a sensação era de um vazio”. Ele explica que recebeu muito apoio em casa, sua mãe foi sua principal aliada.

Landivar explica que não há tecnica para leitura labial, e que Libras é a solução

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